No entanto, o seu nome oficial é mesmo Gil.
Efeitos da Expo 98 de Lisboa e da sua mascote, que influenciaram quem lhe deu o nome quando veio cá para casa, com 3 semanas de vida, um pouco contra a minha vontade.
Mas esse era o desejo da maioria e o Zéquinha, aliás o Gil, passou a fazer parte da família.
Não foi fácil para mim encontrar-me pela primeira vez com o “garoto”. Quando entrei em casa e lhe abriram a porta dos seus aposentos, correu feroz e ameaçadoramente na minha direcção e eu, surpreendido e assustado pela investida, tive que saltar de pés para cima do sofá da sala.
Mas foi quase um amor à primeira vista.
O Zéquinha Gil adoptou-me, desde então, como sendo o seu amo e senhor e quase não passa cartão à restante família.
Como posso eu não reagir, ao que ele entende dever ser considerado, por direito próprio, como um verdadeiro membro da família, se é o elemento da casa que manifesta uma alegria desmedida e indisfarçável quando chego?
Como posso ficar indiferente a quem me segue por toda a casa, só se deita quando eu me deito e fica um serão sentado à minha frente e sempre de olho em mim?
Apesar da sua origem castelhana, este “rapaz”, agora praticamente da minha idade, entende completamente a língua portuguesa e, por isso, obriga-me a falar inglês com a minha mulher sempre que temos de usar palavras como rua, carro, passeio ou café, para não ficar desesperadamente inquieto e incontrolável.
Ele quer participar em tudo: refeições, viagens (adora andar de carro) e até nas conversas quando são mais demoradas. A coisa que ele mais gosta, para meu desespero, é jogar à bola comigo quando começa a ouvir o ruído de fundo de um estádio de futebol na televisão, sempre equipado com o boneco de borracha na boca e a bola nas patinhas a fazer remates na minha direcção.
Deve perceber que às vezes necessito de ajuda para relaxar quando as coisas estão a correr mal para o clube de que gosto…
O Gil é um cão com personalidade e é um verdadeiro companheiro e um amigo!
Nota: O livro de Manuel Alegre “CÃO COMO NÓS”, que li recentemente, com muitas lágrimas pelo meio, despertou-me a atenção para os que nos rodeiam e que participam na nossa vida, muitas vezes sem nos darmos conta da sua importância.
2 comentários:
Caro Atêpê
Palavra donrra cu Crispim da Conçeição é ficção - olha, rimalhei...
Foi o terceiro lobo cerebral cá do je que o pariu, eu seja ceguinho.
Se há um cu mesmo nome e aviador - quiçá de balcão - é pura cunxedêmssia. E mais não digo.
Volta depressa ao meu covil e vê se tratas de:
a) Comprar o meu «Morte na Picada» pois que os €€€ cada vez mais caros e... raros
b) Inculcar nos bandidos do teu gangue esta mesma ideia e obriga-los a que se arrimentem como Seguidores do meu blogue.
Abs
Caro Henrique,
Quem disse que não tenho já o teu "Morte na Picada"?
Claro que só podia tê-lo e posso comprovar-te já através dos números que costumas utilizar: 224X148X350 - altura e largura em mm e peso em gramas.
Está certo ou não?
Como também fiz a guerra lá por aquelas bandas só falta mesmo o autógrafo do Antunes Ferreira no "Morte na Picada" para fecharmos o ciclo.
Um abraço do ATP
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