Era tempo de guerra colonial, centenas de cadetes, futuros oficiais milicianos, recebiam a sua breve, mas intensa, formação militar em Mafra. África era o destino. Fazer a guerra e voltar vivo e inteiro era o grande objectivo.
A preparação física e psicológica, a motivação e liderança, a táctica e estratégia, ministradas na Tapada, eram intensivas e desgastantes, mesmo para gente de 20 e poucos anos.
Havia que compensar o corpo e a alma de tão grande desgaste e logo que a hora da liberdade chegava, a corrida para a Toca do Caboz na Ericeira ganhava foros de prioridade. Ali chegados e garantido o lugar à mesa, o resto ficava por conta da imaginação e da perícia culinária das irmãs Ana Maria e Odete.
Para minha surpresa, passados todos estes anos, reencontrei a Toca do Caboz, o magnífico restaurante de outrora, a funcionar em pleno, agora sob a gerência do sobrinho Luis.
Como um final de tarde de Junho, degustando um petisco dos deuses - choquinhos à moda da casa - nos pode fazer reviver intensamente o passado?
Um passado, já longínquo, de mais de 40 anos!
Há coisas que não morrem!
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1 comentário:
Recordar, neste caso para alem do proveito, é viver. Cada vez mais a vida deve ser preenchida e da melhor maneira possivel. Haja saúde e ... tudo o mais.
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