Os meus amigos Líbia e Jordão, simpático casal brasileiro de S. Paulo, retornaram a Portugal, onde já viveram, 13 anos depois.
O Atlântico nunca constituiu obstáculo para os nossos “Bate-Papos” frequentes. Electrónicos, é certo, mas suficientemente próximos para perceber desde o Brasil que o “cara” estava acordado ainda a horas impróprias da noite em Portugal ou que o “gajo” estava levantando cedo de mais lá no Brasil. Afinal a diferença horária não limita a comunicação escrita…
Alguns planos foram sendo propostos, ao longo dos últimos meses, para comemorar a visita e simultaneamente reviver o passado em Portugal:
Uma prova de vinhos alentejanos na Herdade do Esporão, uma sopa da pedra em Almeirim ou um leitão à moda da Bairrada eram hipóteses a considerar.
A considerar quando se fala racionalmente e através da cibernética. Mas, as coisas não são bem assim. No local e no ambiente próprio a razão por vezes perde a força e é fundamental deixar exprimir a emoção dos nossos sentimentos e das nossas recordações!
E a emoção foi para a Líbia e o Jordão comer a cataplana de peixe no local onde o mar (diga-se Atlântico) acaba e a terra (diga-se Europa) começa – o Cabo da Roca e degustar a sobremesa dos deuses, ainda na memória dos meus amigos – Os travesseiros da Piriquita – na rua estreita da velha Sintra, património mundial.
E aí, Jordão é quem ordena:
“Líbia, meu bem, feche os olhos e sinta o inigualável sabor de Portugal".